A maioria dos gestores compreende que o poder é parte importante da vida organizacional, é claro. O que não percebem é que essa compreensão costuma ser corrompida pelas duas abordagens usuais sobre o tema. Há a abordagem rígida, para a qual o poder é consequência automática da autoridade formal. Essa crença se reflete em comentários como “À medida que você sobe no organograma, mais poder tem”, “Se você tem autoridade, automaticamente tem poder” ou “Se você tem conhecimento, tem poder”.

A abordagem branda, por sua vez, tende a enfatizar o estilo de liderança ou traços pessoais como o carisma. Essa visão se reflete em afirmações como “Ele é poderoso” ou “Sua presença projeta poder”.

Até há pouco tempo, o entendimento equivocado sobre poder não causava grande prejuízo aos negócios, pois eram relativamente poucas as interações requeridas para que as coisas fossem realizadas. Contudo, quanto mais interações são necessárias entre diferentes unidades organizacionais, mais a incompreensão do poder custa dinheiro para a empresa e suas pessoas.