Varejo é um dos setores atingidos, voltando a pagar, a partir de julho, alíquota de 20% de contribuição previdenciária; o replanejamento do fluxo de caixa é essencial nesse momento
No fim de março, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciaram um corte de R$ 42,1 bilhões no Orçamento Geral da União para cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões. Entre as medidas está o fim da desoneração da folha de pagamento para a maioria dos setores da economia brasileira, o que, na prática, significa pagar mais tributos.
Desde 2011, como um incentivo do governo, as empresas passaram a contribuir para a previdência com até 4,5% sobre o faturamento total e não sobre a folha de pagamento, diminuindo o valor dos tributos pagos. Com a nova decisão, elas não terão mais a desoneração da folha, voltando a pagar alíquota de 20% de contribuição previdenciária. Com a medida, o governo espera uma receita de R$ 4,8 bilhões em 2017. A mudança atinge 50 setores, entre eles o varejo.
A medida passa a valer em julho deste ano, cumprindo o prazo de 90 dias exigidos por lei para o aumento desse tipo de tributação. Além dos impostos sobre a folha de pagamento das empresas, outras medidas serão colocadas em prática, como cobrança do IOF das cooperativas de crédito e leilões de usinas hidrelétricas autorizados pela Justiça. Veja, a seguir, os setores afetados e como se preparar para arcar com mais gastos: