Em junho de 1983, eu me vi em uma encruzilhada. Tinha 24 anos e passara um ano trabalhando na Pizza Hut. Viajava pelo país e me empanturrava de comida, mas o emprego começava a ficar cansativo. Naquele verão, fiz uma lista de prós e contras de opções de carreira – em uma companhia sólida, em uma startup e até em uma consultoria – e assinalei os pontos fortes e fracos de cada uma.

As primeiras da lista eram empresas sólidas de tecnologia, como a Apple e a Atari. Vagas em marketing nessas companhias ofereceriam o atalho tecnológico que eu buscava, porém grandes corporações, eu sabia, eram sinônimo de burocracia e politicagem. Havia alguns prós nesse tipo de carreira, mas muitos contras.

Depois considerei a possibilidade de trabalhar em uma firma de consultoria de marketing em San Francisco e me dei conta de que, apesar de ser divertido trabalhar no Vale do Silício, havia ali três senões: “trabalho enfadonho”, “difícil de engolir” e “não gosto de consultoria”. Então, passei para o próximo item.