No início de fevereiro, Sandeep Mathrani, CEO da General Growth Properties (GGP), empresa de Chicago, Estados Unidos, especializada em imóveis para o varejo, disse que a gigante do varejo online Amazon planejava abrir centenas de lojas físicas. A novidade acionou o gatilho de uma série de especulações. Estaria a empresa que fez tanto dinheiro na internet ameaçando o modelo de lojas físicas revendo sua estratégia de negócios? Teria a Amazon algo mais empolgante e experimental escondido na manga? 

Um dia depois do comentário de Mathrani, a GGP fez questão de explicar que a declaração que ele tinha feito não representava os planos da Amazon, enquanto a própria se negou a comentar “boatos e especulações”. No entanto, o debate sobre o futuro da Amazon, e do setor, estava deflagrado.

A discussão é sobre como esse expoente do e-commerce poderia usar a tecnologia e a análise de dados para criar um experimento para loja física. Daniel Raff, professor de gestão da Wharton School, da University of Pennsylvania, opina que os rumores deixam claro que a Amazon está considerando a abertura de muitas lojas e que já há “pistas sobre tecnologia supernova nessas lojas”. Segundo ele, a grande pergunta é outra: “Por que a Amazon está pensando nisso?”.