Os meses de novembro e dezembro estão próximos. Ao mesmo tempo em que isso significa expectativas no aumento das vendas por conta da chegada do Natal, traz o compromisso dos pagamentos extras dos funcionários. Independentemente de sua empresa oferecer programa de participação nos lucros (PLR), o 13º salário não pode falhar. E o que significa um alívio para os colaboradores pode se tornar uma dor de cabeça para o departamento financeiro, caso ele não tenha se preparado para esse momento.

Para não deixar a sua empresa passar no aperto, é importante compreender dois aspectos: o fato de que o dinheiro das bonificações é de seus funcionários, e não da companhia, e a necessidade de uma boa gestão do fluxo de caixa - metodologia que controla a entrada e saída de dinheiro da casa.

Quando elaborado de forma correta, o fluxo de caixa permite uma visão ampla da operação e a capacidade de prever o que irá ocorrer nos próximos meses. Se mal feito, pode ser responsável pela falência de uma empresa – acredite –, mesmo que ela tenha lucro contábil.

Mas como fazer isso tudo funcionar? É trabalhoso, mas não tem segredo: alimente diariamente o seu fluxo de caixa com as informações de entradas e saídas de dinheiro; guarde mensalmente o valor correspondente às férias e ao 13º salário dos funcionários; compare o faturamento previsto com o realizado, avalie os prazos médios de pagamentos e recebimentos; e acompanhe, assim, por meio do saldo diário, a situação da empresa.

Aprender por tentativa de erro e acerto, na maioria das vezes, traz um custo alto. Portanto, reconsidere sua forma de administrar. Os gastos com o 13º salário são previsíveis e somente com um acompanhamento mensal você terá verdadeiro controle da liquidez da empresa, sem deixar o caixa no vermelho.

Fonte: Francisco Barbosa Neto, diretor da Projeto DSD Consultores