Apenas 21 Ferraris zero-quilômetro foram vendidas no Brasil em 2009. Como o custo de um modelo básico delas é de R$ 1,4 milhão, o faturamento final continuou significativo, mas, levando em conta que o mercado local registrava até então a venda de 35 a 40 unidades por ano, o resultado é desapontador. Seria essa queda sinal do abalo do até então ascendente mercado de luxo do País, como vem acontecendo em várias economias maduras?

A pesquisa O mercado de luxo no Brasil 2009-2010 traz indícios de que a resposta é “não”. Realizada pela MCF Consultoria e pela GfK Custom Research Brasil com 95 empresas entre janeiro e maio de 2010 e publicada com exclusividade por HSM Management, o estudo, em sua quarta edição, apresenta dados razoavelmente animadores:

• Em 2009, as vendas conjuntas das empresas do setor cresceram 4% em comparação com 2008, para R$ 12,3 bilhões (US$ 6,23 bilhões). Isso confirma a tendência de alta e até supera a média: o setor já aumentara 17% em termos reais em 2007 (em relação ao ano anterior) e 12,5% em 2008. O que houve, em muitos casos, foram simplesmente vendas aquém do esperado.