O método lean startup nasceu da frustração. Steve Blank, um técnico, empreendedor, investidor, consultor e finalmente professor, frustrou-se com centenas de ideias inovadoras que falharam na execução, enxergou padrões nelas e criou uma metodologia para reduzir os fracassos. Consistia em criar clientes com os protótipos de um produto ou serviço a ser lançado. Em 2005, testou-a na prática com um aluno chamado Eric Ries.

Esse aluno, um empreendedor, gostou tanto do que aconteceu que escreveu um livro a respeito, em 2011, e a ferramenta foi logo disseminada no setor de software, no qual sai relativamente barato prototipar uma inovação e fazê-la evoluir. A transversalidade do software, presente de modo crescente em todos os segmentos da economia, leva a demanda a crescer e se diversificar.

Hoje, empresas de hardware vêm adotando o método, graças a tecnologias como a impressão 3D, que tornaram mais acessíveis os custos de protótipos de novos produtos físicos. O buzz em torno do lean startup (que nós tratamos como substantivo masculino) diminuiu – no Vale do Silício, há quem diga que não a aplica, porque o faz inconscientemente –, mas ao menos dois de seus princípios já estão sedimentados no dia a dia de boa parte das empresas: a necessidade de interação constante com os clientes potenciais e os ciclos mais curtos de desenvolvimento de produtos para que estes sejam testados no mercado.