Recentemente, Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram o lançamento comercial da quinta geração de comunicação móvel – 5G, que, em seu auge, alcançará cem vezes a velocidade da atual 4G. A ativação da rede está disponível apenas em poucos bairros de Chicago e Mineápolis, e apenas para usuários do Motorola Z3, primeiro aparelho compatível com a tecnologia por lá.

As discussões de padronização para a implementação da 5G começaram há quatro anos, e essa foi a primeira vez que o Brasil participou ativamente e na mesma velocidade das grandes nações. Projeta-se que em 2020 grandes cidades brasileiras estarão cobertas. O mérito dessa vanguarda está ligado à atuação do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), centro privado de ensino e pesquisa na área de engenharia com foco em tecnologia da informação. A robusta estrutura do centro conta com 40 laboratórios tecnológicos, incubadora de empresas, e centro de pesquisa e desenvolvimento com cerca de 550 professores e pesquisadores, o que tem gerado a produção de centenas de trabalhos científicos divulgados em congressos e revistas pelo mundo, além de patentes e projetos em transferência para o mercado. Os estudos da 5G são, atualmente, seu carro-chefe.

Foi em seu Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR), criado com o apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e recursos do Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que as pesquisas voltadas para comunicações móveis de 5ª geração (5G) se iniciaram em 2015.