Clayton Christensen fez a “pergunta do ano” antes da eleição norte-americana em 2012: ganhe quem ganhar, quando é –mesmo, e sob que condições– que a economia voltará a crescer?

A pergunta é fundamental para qualquer país, em qualquer estágio de desenvolvimento e performance, pois crises econômicas são parte de ciclos de longo prazo e, mais cedo ou mais tarde, hão de ser tratadas em todo lugar. E deveria ser reflexão obrigatória, de candidatos a empreendedor a membros de todos os poderes (não só o executivo), pois é nas condições que o Estado impõe à sociedade que está boa parte do suporte à inovação.

Você duvida do papel do Estado na inovação e no empreendedorismo de hoje? O livro Innovation: the Missing Dimension não deixa dúvida de que boa parte da inovação e empreendedorismo, especialmente quando capaz de (re)criar o desenvolvimento econômico e social de longo prazo e em larga escala, ainda depende fundamentalmente de políticas públicas. E pasme: assim como o Brasil, embora em diferentes níveis, os EUA sofrem da falta de políticas públicas para inovação desde pelo menos 2004 e, de lá para cá, quase nada mudou (deu no que deu) e não há sinais de que vá mudar... (Christensen está seguro disso, a menos que se tomem providências estruturais profundas.)