Prêmio Nobel da Economia de 2017, Richard Thaler discute as origens da economia comportamental, a batalha incessante entre nossos dois selfs e os nudges – os empurrões que podem adequar nossos comportamentos ao que queremos
Richard Thaler já desconfiava que a economia não era uma ciência tão exata quanto alguns profissionais do setor financeiro gostariam. O trabalho de Daniel Kahneman e Amos Tversky o fez ter certeza. Sabendo que os autores da teoria da prospecção passariam uma temporada de estudos em Stanford, ele conseguiu convencer os sócios a abrir uma filial na mesma rua do escritório dos dois. Foi o início de uma longa amizade e o aprofundamento das bases da economia comportamental, área da economia que leva em conta o comportamento – geralmente errático – do consumidor e procura dar um “empurrãozinho” para que ele siga o caminho certo.
Nesta entrevista, Thaler conta sobre suas pesquisas e os comportamentos que acabam pautando decisões imediatistas.
O sr. descreveu a meta de sua pesquisa ao longo dos últimos 40 anos como “apresentar os seres humanos à economia”. Pode explicá-la, por favor?