“Na Sony, partimos do princípio de que os produtos de nossos concorrentes têm a mesma tecnologia, o mesmo preço, desempenho e funcionalidades idênticos. O design é a única coisa que diferencia uns dos outros no mercado.” Essa frase de Norio Ohga, ex-presidente da multinacional japonesa, é corroborada por uma de A.G. Lafley, o lendário CEO da P&G: “Os produtos concorrem todos os dias pela escolha dos clientes; um bom design é essencial para ganhar a disputa”.

Ohga e Lafley não se referem apenas ao design do produto. O design da embalagem, o logo, o desenho do ambiente, a sinalização, o design gráfico, tudo conta. A estética é, cada vez mais, um fator de diferenciação e, por que não dizer, uma vantagem competitiva.

Segundo Gisela Schulzinger, diretora da Associação Brasileira das Empresas de Design (Abedesign), o Brasil começa a ver um papel protagonista do design agora. “Com a evolução da indústria, que tornou o quesito ‘qualidade’ praticamente obrigatório em todos os produtos, as marcas vêm usando o design para diferenciar-se da concorrência”, diz ela. E o interessante é que isso não ocorre só com produtos destinados ao consumidor final, mas também no segmento business-to-business.