Mergulhar no prazer na Itália, ir a fundo na devoção na Índia, buscar equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina na Indonésia. Foi esse o roteiro do sabático de um ano da jornalista norte-americana Elizabeth Gilbert, depois de se sentir confusa e infeliz. Livrou-se de todos os bens materiais, pediu demissão e partiu para sua jornada. Na volta, escreveu o livro "Comer, rezar, amar", publicado em 2006, que superou a marca de 10 milhões de cópias vendidas. Quatro anos depois, foi parar no cinema, com Julia Roberts como protagonista.

Sabático, com o significado de tempo para refletir, é referenciado em todos os livros sagrados, no Alcorão, na Torá, na Bíblia, como a pausa que deve ser dedicada à reflexão. Sua origem está no termo Shabat, do Judaísmo.

Foi em 1880 que a Harvard University criou o conceito de ano sabático para atrair o filósofo Charles Lanman para ser seu professor. Ele teria direito a um ano distante da universidade, com remuneração, a cada seis anos de atuação. Atualmente, não se usa mais o “ano” antes do sabático, pois o período pode ser de três meses a dois anos.