Em sua grande maioria são norte-americanas, mas também há companhias inglesas (Vodafone, AstraZeneca), francesas (Sodexo, L’Oréal), japonesas (Ricoh, Kao), uma australiana (Westpac Banking), uma belga (Rezidor Hotel) e uma argentina (Comme il Faut). A lista das 100 empresas mais éticas do planeta, elaborada anualmente pelo Ethisphere Institute, o “think tank” norte-americano em responsabilidade social e sustentabilidade, reconhece as organizações cuja liderança nesse campo converteu suas práticas de negócios em um modelo para seus pares e impulsionou o crescimento de seus lucros. De 2005 até hoje, comparadas com as companhias que compõem os índices de bolsa S&P 500 e FTSE 100, por exemplo, o conjunto de firmas listadas pelo Ethisphere obteve retornos superiores a cada ano. No primeiro trimestre de 2010, as organizações listadas no S&P e no FTSE obtiveram lucros de 15%, e as empresas mais éticas, mais de 50%.

Qualquer companhia com mais de 100 empregados ou faturamento de US$ 5milhões pode candidatar-se, mas o escrutínio é rigoroso. As empresas são avaliadas de acordo com seu desempenho em sete categorias: responsabilidade e cidadania corporativa; governança; inovação que contribui para o bem-estar público; liderança na indústria; liderança executiva; histórico legal, regulatório e de reputação; iniciativas de ética interna e programas relacionados com o cumprimento das regulamentações.

Nike, Philips, Novo Nordisk e Ikea integram a lista desde 2007, sua edição inaugural. Adobe e Ford (a única automobilística) são duas das 26 que ingressaram pela primeira vez agora e Kellogg e Toyota desapareceram com outras 24. A primeira, devido a problemas por publicidade enganosa. A segunda, por causa de sua falta de clareza na hora de explicar como evitar um problema similar ao que, em 2009, a obrigou a retirar 8,5 milhões de veículos do mercado.