Nos anos 1980, os estrategistas de negócios do Ocidente começaram a  pregar o “foco”. Segundo essa lógica, para ter economia de escala, evoluir  rapidamente na curva de aprendizado e desenvolver mais competências essenciais, é melhor operar em apenas um setor ou talvez em poucos – e adjacentes.

Diversificar para atuar em setores não relacionados com o original da empresa era perigoso, alegava-se, por levar à complexidade e a um tamanho não administrável, além de não gerar os benefícios da economia de escopo e outros tipos de sinergia  operacional. Até hoje, Wall Street, inclusive,  costuma punir companhias multissetoriais com o chamado “desconto de conglomerado”.

Essa dinâmica, contudo, logo se reverterá. Novas  tecnologias digitais estão mudando as regras da competição ao expandir os limites daquilo de que uma empresa pode dar conta e introduzir novas fontes de vantagem. Big data, mobilidade baseada na nuvem, impressão 3D e aprendizado de máquina estão se combinando para tornar a complexidade gerenciável e criar economias de escopo na diversidade.