Ela parece um conglomerado, mas é muito diferente; apoiada em tecnologias, torna a diversificação cada vez mais vantajosa | por Richard A. D’Aveni
Sinopse: Richard A. D’Aveni é professor emérito de estratégia da Tuck School of Business, do Dartmouth College, nos Estados Unidos. É autor de Hipercompetição: estratégias para dominar a dinâmica do mercado e de diversos outros livros de estratégia.
Nos anos 1980, os estrategistas de negócios do Ocidente começaram a pregar o “foco”. Segundo essa lógica, para ter economia de escala, evoluir rapidamente na curva de aprendizado e desenvolver mais competências essenciais, é melhor operar em apenas um setor ou talvez em poucos – e adjacentes.
Diversificar para atuar em setores não relacionados com o original da empresa era perigoso, alegava-se, por levar à complexidade e a um tamanho não administrável, além de não gerar os benefícios da economia de escopo e outros tipos de sinergia operacional. Até hoje, Wall Street, inclusive, costuma punir companhias multissetoriais com o chamado “desconto de conglomerado”.
Essa dinâmica, contudo, logo se reverterá. Novas tecnologias digitais estão mudando as regras da competição ao expandir os limites daquilo de que uma empresa pode dar conta e introduzir novas fontes de vantagem. Big data, mobilidade baseada na nuvem, impressão 3D e aprendizado de máquina estão se combinando para tornar a complexidade gerenciável e criar economias de escopo na diversidade.