Adriana Machado, vice-presidente de assuntos governamentais e políticas públicas da General Electric para a América Latina, que foi a capa da revista HSM Management 109, distribuída em março, não teve barreiras externas significativas para chegar aonde chegou. Sua ascensão foi, em parte, resultado das práticas globais da GE de oferecer oportunidades de desenvolvimento para todos os seus profissionais, independentemente do gênero e até do nível hierárquico.  

O líder ao qual ela responde, Reinaldo Garcia, presidente e CEO da GE para a região, combate a discriminação e apoia a carreira dos membros de sua equipe. O que mais poderia impedi-la de trilhar esse caminho, portanto, seriam barreiras internas. “Às vezes falta autoconfiança às mulheres, o que é alimentado pela internalização de mensagens negativas sobre nós, como diz Sheryl Sandberg no livro Lean In”, afirma Machado. 

Trata-se da mesma descoberta feita pela jornalista Claire Shipman no livro The Confidence Code. Segundo ela, isso sabota a ascensão profissional mais até do que a ausência de flexibilidade para atuar como mãe, e as causas são, segundo pesquisas recentes, sobretudo biológicas. E é possível minimizar, de maneira estruturada, a falta de confiança das mulheres em um mercado de trabalho considerado machista, como o brasileiro? A resposta, segundo esta reportagem, é sim.