De presidiários a black blocs, os indivíduos que vivem à margem da sociedade são empreendedores informais e diferenciadose, como tais, podem servir como fonte de soluções para os problemas de negócios.

Essa é a premissa do livro The misfit economy, em que a pesquisadora Alexa Clay se debruça sobre cinco capacidades arquetípicas de criminosos e subversivos que têm contribuído muito para a sociedade evoluir ao longo da história: copiar, provocar, pivotar (mudar o rumo – no nível pessoal), hackear (invadir) e fraudar, traduzidas e detalhadas aqui na forma de cinco personas. 

Entre os muitos exemplos de marginais que lista, Clay inclui Chas Bountra, ex-executivo com 20 anos de experiência na farma GSK, que possui características do arquétipo “pirata” e montou o Structural Genomics Consortium na Oxford University, Reino Unido. Ele está criando um novo modelo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que pode livrar os protótipos do filtro por potencial de vendas que faz muitos morrerem prematuramente. A ideia é que as farmas cooperem no “P&D pré-competição”, reduzindo custos, e deixem para concorrer na hora de ir ao mercado. Pode ser um novo paradigma.