Até agora, a receita para se tornar um bilionário foi mais ou menos simples – embora não de fácil execução. Se em determinado mercado você identificasse uma ineficiência entre oferta e procura, bastava definir o preço que lhe conviesse e ganhar rios de dinheiro.

Na quarta onda da geração de riqueza, pós-silício, essa lógica passa por uma revolução. Fornecedores, distribuidores e consumidores têm acesso às mesmas informações, pois o mundo é dominado por dados e analytics. Os computadores custam centavos e estão ao alcance de todos. Se alguém pratica preço desleal, sempre há um rival para substituí-lo.

Estamos rumando para o capitalismo perfeito, proporcionado pela tecnologia que a tudo dá visibilidade, e é bem mais justo do que o modelo atual. Quem disse isso foi Michio Kaku, um dos A físicos teóricos mais brilhantes da atualidade, na palestra de encerramento do SAS Global Forum, em Dallas, nos Estados Unidos, em maio último. Se você é pessimista em relação à humanidade, precisa assistir a uma palestra de Kaku. Você até pode tentar continuar pessimista, mas vai ter de se esforçar bastante para isso.