Cada vez mais empresas estão experimentando a metodologia Lego Serious Play (LSP) em todo o mundo. Organizações como Coca-Cola, Harvard University e a agência espacial norte-americana, Nasa, já utilizam a ferramenta para resolver seus problemas de maneiras inovadoras e criativas, levando seus colaboradores a pensar fora da caixa – é uma alternativa lúdica ao design thinking e às metodologias ágeis. O Brasil tem poucos facilitadores de LSP certificados, mas também está começando a descobri-lo.

Para entender o LSP, no entanto, é preciso entender antes o que é, realmente, pensar fora da caixa. Nós pensamos dentro da caixa? Sim, na medida em que pensamos de modo linear, partindo do princípio de que toda ação gera uma reação. Nossa educação básica nos preparou para atuar nas grandes fábricas de produção em massa, onde cada pessoa trabalha em uma etapa do processo de fabricação, sem ter uma visão do todo – e, muitas vezes, sem nem saber qual é o produto que surge no final da linha de montagem.

No sistema de educação dominante, os alunos sentam-se em cadeiras e mesas enfileiradas, cumprem horários rigorosos e não são estimulados a ser curiosos sobre os temas expostos – em uma clara alusão e simulação das rotinas enfrentadas nas fábricas. O pensamento cartesiano é apresentado como a única e mais importante forma de pensar e de resolver problemas.