Em 2016, Marcelo Ribeiro deixou de ser lojista, em Porto Alegre, para se aventurar no universo dos motoristas de aplicativo. “O trabalho com carteira assinada te dá segurança, mas o empreendedorismo pode te levar mais longe”, foi o que ele pensou ao optar pelo novo caminho.

Deu certo. Três anos depois, em maio de 2019, o motorista foi considerado pelo aplicativo – o mais bem avaliado pelos passageiros, entre os mais de 600 mil motoristas da Uber no Brasil. E começou a chamar a atenção dos colegas. Não apenas pelo atendimento excepcional, digno de 5 estrelas, como também pelo faturamento acima da média que obtinha.

Ribeiro adotou um ritmo de trabalho menos intenso se comparado com seus pares. Geralmente, motoristas que dependem exclusivamente do automóvel para seu sustento passam até 16 horas por dia ao volante, carga horária que ele nunca encarou. “Para fazer R$ 3 mil em uma semana, as pessoas chegam a trabalhar cem horas, ou até mais. Eu fazia 70, 75 horas, focando mais o fim de semana e explorando horários favoráveis nos outros dias”, conta. Do faturamento, 30% vai só para despesas como gasolina e manutenção.