Quando se fala em uma empresa de tecnologia, a primeira coisa que vem à mente são os Data Centers, repletos de racks com servidores, leds piscando, muita tecnologia de ponta e siglas bonitas como: IA, Machine Learning, Blockchain, Alta disponibilidade, redundância, etc. E a Dataprev tem isso tudo. Mas eu descobri ao longo desses 12 anos de DATAPREV, que não se trata de Tecnologia, se trata de Pessoas. Aliás, certamente essa não é uma descoberta só minha, mas de praticamente todos que por aqui passaram, já nos primeiros anos em que chegaram.
Esse texto não é pra falar especificamente sobre um “case de sucesso” de forma isolado, mas pra contar sobre como desde o primeiro dia em que cheguei aqui, conheci pessoas incríveis que mostraram a importância do nosso trabalho e sobre como ele pode influenciar a vida de milhões de brasileiros que dependem de nós. E essa é a principal razão de existir uma empresa pública, não utilizamos tecnologia de ponta simplesmente para alavancar negócios, ter lucro, mas para poder levar cada vez mais serviços de qualidade para quem mais precisa.
Desde quando cheguei, tive a oportunidade de estar no dia a dia das operações de TI, lidando com processos estressantes como Gestão de Incidentes e Salas de Crise. E graças a dedicação que eu vi de toda a equipe, acabei absorvendo esta mesma dedicação e comprometimento conforme fui evoluindo profissionalmente. Sempre que um Incidente afetava um sistema que de alguma forma, poderia afetar um cidadão, isso era tratado com a mais absoluta prioridade. Uma prática comum logo nos primeiros dias foi visitar uma Agência da Previdência Social (APS), para conhecermos de perto a realidade de quem utiliza nossos serviços (servidores do INSS) e quem o consumia (Cidadãos). Com isso, ficava ainda mais nítido o tamanho da nossa responsabilidade.
Um exemplo que sempre era colocado era de que alguém, em algum lugar do Brasil, possivelmente em uma região mais pobre e isolada, havia se deslocado para tentar obter um serviço em uma das agências da Previdência, e devido a este incidente, não poderia ser atendido e perderia o seu dia. Ou seja, não se trata apenas de um “sistema fora”, mas de uma pessoa, ou milhares de pessoas que, de alguma forma, seriam impactadas. Pessoas que poderiam depender daquele serviço, daquela concessão de um benefício, por exemplo, para sobreviver, para se alimentar, para ter sua dignidade. Com isso, um incidente não era apenas uma linha de código errada, uma falha em um hardware, mas um impacto para um cidadão. E se formos parar pra pensar, muitas vezes um impacto para alguém que estava próximo de nós, afinal de contas, como brasileiros também dependemos destes serviços. Seja para nós mesmos, nossos pais, irmãos, tios, avós.