Fatores como a pandemia de Covid-19 e a propalada emergência climática exacerbaram a discussão sobre os temas socioambientais que os temas socioambientais que desempenho de empresas nos quesitos ESG vem monopolizando a pauta dos altos escalões corporativos, das altas esferas governamentais, da imprensa e até das mídias sociais. Progressivamente, companhias ao redor do globo são pressionadas a medir e a reportar a seus acionistas, e a outros stakeholders, iniciativas e riscos associados aos temas ESG. Mas isso está funcionando bem?

Os primeiros relatórios de sustentabilidade remontam à criação da Global Reporting Initiative (a famosa GRI), em 1997, pela ONG norte-americana Coalition for Environmentally Responsible Economies, com o apoio de organismos multilaterais como ONU e OCDE. De lá para cá, houve aperfeiçoamento significativo. Surgiram os relatórios integrados, que dissecam a estratégia de criação de valor e a gestão de risco das empresas. Agora, think tanks e reguladores de diversos países correm para esboçar novos critérios que sirvam de parâmetros para aferição do desempenho de corporações ante os indicadores ESG.

Por exemplo, de um lado, temos o Fórum Econômico Mundial (WEF) aquele de Davos, que liderou uma iniciativa de elaboração de um conjunto de métricas do capitalismo de stakeholders (em oposição ao capitalismo de shareholders), compiladas pelas quatro grandes firmas de auditoria do mundo: Deloitte, EY, KPMG e PwC. O documento Measuring Stakeholder Capitalism, de agosto último, propõe que as métricas ESG sejam baseadas em parâmetros vigentes para que sua adoção pelas empresas seja facilitada e acelerada.