Nos últimos cinco anos, o Brasil felizmente descobriu o empreendedorismo, motor tão fundamental à economia de um país, mas o conceito ainda costuma ser restrito aos fundadores de empresas. O empreendedorismo de funcionários de companhias existentes continua a ser visto por muitos como apenas mais um modismo, algo desnecessário ou inviável na prática. Será que é assim mesmo?

O primeiro pensador da gestão a estudar o fenômeno foi Gifford Pinchot III, que introduziu o conceito no livro Intrapreneurship, em 1985. Segundo sua definição, é intraempreendedor quem trabalha dentro de uma organização desenvolvendo inovações. Seu estudo sobre centenas de inovações corporativas nos Estados Unidos revelou que, em todos os casos bem-sucedidos, o projeto era liderado por “intraempreendedores”.

No Brasil, o primeiro a levantar o assunto foi o saudoso Eduardo Bom Angelo, ele mesmo um intraempreendedor de primeira grandeza, que, em 2003, lançou o livro Empreendedor Corporativo.