A impressão 3D existe comercialmente há mais de 20 anos; apenas as máquinas eram vendidas sobretudo para organizações fortes em pesquisa e desenvolvimento, que requerem protótipos de alta qualidade e podem arcar com preços elevados para tê-los. Hoje isso mudou: há mais de 30 fornecedores de sistemas industriais de impressão 3D no mundo, a exemplo da Stratasys e da 3D Systems. E usam desde metais nobres até plástico. Com base em pesquisa nessa comunidade e em casos como o da RepRap, identificaram-se as implicações, para as empresas estabelecidas, das inovações feitas por comunidades de usuários decorrentes da impressão 3D. E três questões são respondidas: onde as inovações tendem a surgir? São ameaças ou oportunidades? Quais as estratégias de reação? Sugerem-se cinco estratégias: monitorar, atacar, adotar, adquirir e facilitar. Foi de cinco anos para cá que se começou a desenvolver colaborativamente (com código aberto na internet) as impressoras 3D domésticas. Isso atraiu novos usuários, que montaram novos negócios, e a comunidade de impressão 3D passou a crescer enormemente.

Uma das grandes novidades do momento é a impressão 3D, que promete mudanças revolucionárias não só na produção, mas também em logística e vendas. “Bem na hora em que a web democratizou a inovação em bits, novos tipos de tecnologia de prototipagem rápida, que vão de impressoras 3D a cortadoras a laser, estão democratizando a inovação em átomos”, afirmou Chris Anderson, ex-editor da revista Wired, em seu mais recente livro, Makers: A Nova Revolução Industrial (ed. Campus/Elsevier).

Além das implicações tecnológicas dessa novidade, contudo, fatos recentes sugerem importantes lições de marketing para executivos sobre a face mutante da inovação tecnológica –e o que isso significa para os negócios. Neste artigo, examinamos o rápido surgimento do movimento da impressão 3D de código aberto e como isso reforça a tendência geral da inovação de código aberto resultante de comunidades colaborativas online. Discutimos ainda como empresas existentes podem reagir à inovação de código aberto se ela acontecer em seu mercado –e se esses projetos representam uma ameaça ou uma oportunidade para negócios estabelecidos.