É comum pensarmos em conceitos inéditos, novos produtos ou slogans revolucionários, mas não é nada usual associarmos inovação a execução. Isso explica por que tantas boas ideias permanecem no papel e não conseguem vingar na prática, argumenta o especialista Chris Trimble. Segundo ele, a execução é peça fundamental da inovação. “Thomas Edison fez a mesma observação há mais de um século: o gênio é composto de 1% de inspiração e 99% de transpiração. O processo típico de inovação foca gerar ideias, aperfeiçoá-las, escolher as melhores e, por fim, implementá-las”, assinala. “Como resultado, as empresas têm mais ideias do que capacidade de implementá-las, e muitas nunca chegam a se concretizar.”

Seu último livro, The other side of innovation: solving the execution challenge (ed. Harvard Business Review Press), baseia-se em estudos sobre as melhores práticas de execução de inovação, tarefa que exigiu dez anos de Trimble e de seu colega Vijay Govindarajan, consultor de inovação da General Electric.

Nesta entrevista exclusiva a HSM Management, Trimble explica as principais conclusões dessa ampla análise, como os papéis da liderança e dos funcionários, que ele chama de “motor de desempenho”, e descreve um método para resolver os conflitos que surgem quando se tenta concretizar as propostas que rompem com o modelo estabelecido.