Em meio a tantas notícias de aumento de custos e pressão inflacionária, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) divulgou no final de abril que o IGP-M, índice de inflação associado ao valor de aluguéis, utilizado para definir os reajustes, está desacelerando. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,41% em abril, ante 1,74% do mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula alta de 6,98% no ano e de 14,66% em 12 meses.

Considerando os dados acumulados, os percentuais ainda são elevados, o que ajuda explicar porque a desaceleração ainda não se reflete, como talvez desejassem os comerciantes, no valor de seus aluguéis. Mas a tendência de desaceleração é consistente, segundo a consultora especializada em varejo, Stella Belluzzi, pois existe uma oferta muito alta de imóveis para locação e uma demanda, sobretudo por imóveis comerciais, que está longe de acompanhar. “Se a oferta é maior que a procura os preços tendem a baixar”, salienta.

Stella observa que, com a pandemia e o home office, muitas empresas reduziram seus espaços corporativos e devolveram seus imóveis aos locatários ou simplesmente não renovaram contratos, o que colabora para a desaceleração do valor dos imóveis.