Iates são românticos. Além da mística que envolve viagens marítimas privativas, a produção das embarcações também tem um forte componente artesanal. Afinal, a indústria náutica trabalha com tapeceiros, marceneiros, carpinteiros, decoradores, profissionais que criam e executam projeto a projeto, manualmente, ainda que tudo seja montado sobre uma base de alta tecnologia.

Como dar escala a um romance? A Azimut Yachts, uma das maiores fabricantes de iates do mundo, trouxe da Fiat o CEO Ferruccio Luppi, que passou 26 anos no grupo, circulando por várias empresas (incluindo Ferrari) até se tornar CFO da Fiat em Turim. Uma das missões do executivo é o que ele chama de “contaminar”, ou seja, impregnar a indústria de iates de melhores práticas de outros setores, como o automobilístico.

Luppi esteve no Brasil visitando a única fábrica da empresa fora da matriz, na Itália – instalada há três anos em Santa Catarina (veja quadro) – e conversou com exclusividade com HSM Management sobre o modelo de gestão que está implantando na Azimut. A princípio, ele elegeu três aspectos da indústria automobilística que estão fazendo a diferença no processo produtivo dos iates: