Ainda que parecesse saudável, a web tinha perdido o vigor. Apesar da evolução assombrosa entre as páginas estáticas dos anos 1990 e os sites mais poderosos e inteligentes da última década, as novas tecnologias foram corrompendo o frescor e a fluidez da rede.

Conseguir que os sites funcionassem em todos os navegadores exigia dos desenvolvedores muito trabalho de “copiar e colar”. O áudio e o vídeo, a animação e outros elementos multimídia começaram a ser criados com aplicativos proprietários pela simples razão de que a programação básica em HTML –a linguagem-padrão que deu vida à web– tinha ficado atrasada no que se referia a funcionalidades. Essa deficiência forçou os usuários a baixar plug-ins para que seus navegadores pudessem interpretar a informação. Os sites se tornaram lentos e complicados.

Se essa web já era incômoda em um microcomputador, tornou-se totalmente inviável em dispositivos móveis, sem dúvida a plataforma computacional do futuro. Desenvolveram-se então aplicativos adaptados para equipamentos específicos, como smartphones e tablets, para envio de informação, filmes e jogos ao usuário sem a necessidade de conexão à internet.