Desde 2004, a fabricante de móveis Herman Miller vem construindo uma parceria na China. Motivo: globalizar-se efetivamente, estratégia que deve ser o centro de suas atenções nos próximos dez anos e que inclui o Brasil. Suas armas para isso são parcerias com designers externos, excelência em gestão, humanismo, tradição e uma estrutura de pesquisa e desenvolvimento focada no futuro e difícil de copiar. A empresa dá um passo ao futuro quando reformula o escritório, propondo dez padrões de ambientes, baseados em comportamento e tecnologia, e serviços de utilização de espaço, em vez de só produtos.

A Mirra 2, mais nova cadeira de alto desempenho da fabricante norte-americana Herman Miller, chega ao Brasil em outubro, quatro meses depois de lançada nos Estados Unidos. Representa, com seu encosto em forma de borboleta, a possibilidade de acompanhar todos os movimentos humanos, uma grande inovação em relação a outras cadeiras do mercado e da própria companhia. Ao mesmo tempo, segue os princípios do fundador, D.J. DePree, como a durabilidade, a sustentabilidade e a parceria com designers externos –no caso, o Studio 7.5, de Berlim.

A Mirra 2 permite entender as armas da Herman Miller para sua recém-anunciada estratégia de globalizar-se efetivamente. Apesar dos 108 anos e dos 8 mil funcionários no mundo, 80% das vendas de varejo continuam concentradas nos Estados Unidos, enquanto os prognósticos são que 80% do crescimento futuro esteja em países como China, Índia, Brasil, México etc.