Henri Cartier-Bresson criou um conceito de reportagem que lhe valeu o reconhecimento como “pai” do fotojornalismo. Captou e traduziu a condição humana de maneira única, misturando paixão pela arte e compromisso com a realidade.

Nascido em 22 de agosto de 1908 em Chanteloup (Seineet-Marne), pequena cidade nos arredores de Paris, em uma família de fabricantes de tecidos que o apoiaria em seus interesses artísticos, entusiasmou-se muito jovem pela pintura, especialmente pelo movimento surrealista, e participou de oficinas para aprender os conceitos que aplicaria à fotografia. Em 1932, descobriu a câmera portátil alemã Leica, o que despertou sua nova paixão. No ano seguinte, expôs seus trabalhos na galeria Julien Levy, de Nova York.

Como muitos fotógrafos da época, preocupou-se em retratar a vida das pessoas comuns. É o que mostra sua cobertura da coroação do rei George VI, em Londres, em 1938, em que o foco não era a realeza, e sim a multidão reunida na Trafalgar Square.