A greve dos caminhoneiros, em maio, colocou o Brasil de joelhos em termos de abastecimento. O governo federal se viu obrigado a adotar novas regras para os setores de logística e de combustíveis. As medidas se estenderam a diversas cadeias produtivas, dando mais uma prova da volatilidade e do risco que toda empresa corre.

O episódio foi um lembrete também da importância de as empresas se resguardarem. Não à toa, um número crescente de organizações vem buscando ferramentas para aumentar a capacidade de prever eventos externos que podem impactá-las. São tecnologias que podem ser atreladas a seus processos internos, à legislação vigente e aos níveis de governança – ou seja, ao GRC.

Acrônimo de governança, risco e compliance, o GRC é um método que otimiza os processos de avaliação de riscos e o alinhamento das empresas a políticas corporativas, leis e regulamentações setoriais. Surgiu na década passada, para possibilitar um funcionamento seguro às organizações e oferecer a seus gestores subsídios para a tomada de decisão, mas agora está entrando em uma nova fase, em sintonia com a assim chamada quarta revolução industrial. O GRC 4.0 opera impulsionado por big data, inteligência artificial (IA) e machine learning, e assim ganha em abrangência, velocidade e integração. Já não se restringe à análise de riscos e de marcos regulatórios; quer promover a unificação sistêmica das corporações.