Warren Buffett parece uma estrela do rock. Todos os anos, dezenas de milhares de admiradores do mundo inteiro viajam a Omaha, Nebraska, nos Estados Unidos, para ouvi-lo falar na assembleia de acionistas de sua empresa, a Berkshire Hathaway. Muitos dos que comparecem ao evento (apelidado por Buffett de “Woodstock para capitalistas”) fazem da reunião um ritual em que prestam homenagem ao homem que os fez ganhar dinheiro graças às ações da Berkshire e às ideias para investir e fazer negócios.

Não é de estranhar que a excelente biografia escrita por Alice Schroeder, A Bola de Neve – Warren Buffett e o Negócio da Vida (ed. Sextante), lançada em 2009, venha tendo tanto sucesso. A autora explica como Buffett se transformou em um dos homens mais ricos do mundo e como construiu sua imagem de ética nos negócios e de compromisso com causas filantrópicas.

São famosas, por exemplo, as cartas de Buffett a seus acionistas, que podem ser consultadas na internet: ‹www.berkshirehathaway.com/letters/letters.html›. Nelas, ele analisa os bons e maus negócios, oferece exemplos de gestores que tratam bem os clientes e os funcionários e obtêm bons lucros ao mesmo tempo, e revela truques contábeis que enganam investidores.