Todo gestor quer ser Steve Jobs, toda empresa deseja ser Apple. Mas isso não é tão fácil quanto parece, conforme evidenciado nesta reportagem – a começar pela visão de longo prazo que está em jogo
No dia 26 de maio deste ano, pouco após as 14h30, o que era impensável uma década antes aconteceu: a Apple se tornou a maior empresa do universo tecnológico e, depois da ExxonMobil, a segunda maior dos Estados Unidos.
Sua disparada nos meses que antecederam a esse momento histórico pareceu o lançamento de ônibus espacial: uma série de explosões rápidas e quase coreografadas, que deixam todo mundo boquiaberto. Embora a sequência de êxitos remonte ao início deste século, talvez com o lançamento do iPod em 2001, tudo ocorreu tão rapidamente que talvez tenha havido pouca oportunidade para compreendermos o que estávamos testemunhando.
A empresa, seu líder e seus produtos se tornaram referências culturais. A Dell, por exemplo, quer ser a Apple nos negócios. Setores como saúde e energia renovável buscam um Steve Jobs próprio, e o comediante norte-americano Bill Maher disse que o governo de seu país estaria em melhores mãos se o presidente da Apple estivesse no comando.