O Brasil é o segundo maior mercado de produtos odontológicos do mundo e uma cidade, Ribeirão Preto (SP), abriga duas grandes players globais do setor: Dabi Atlante e Gnatus. Ambas empresas familiares, a Dabi foi criada em 1948 e a Gnatus, fundada por um ex-funcionário da primeira, em 1976. Juntas, as duas exportam para mais de 160 países.

Cansados de receber propostas de aquisição de multinacionais interessadas no mercado brasileiro, seus diretores perceberam que tinham muito mais em comum do que o rótulo de concorrentes e decidiram se unir em uma joint venture. “Não estávamos dispostos a vender nossas empresas para players grandes que queriam cortar caminho para o mercado brasileiro”, afirma o diretor-presidente da Gnatus, Gilberto Nomelini. “Acreditamos no segmento e, então, em janeiro de 2014, começamos a discutir a fusão.”

Durante o ano passado, a Dabi Atlante e a Gnatus mergulharam em um processo de conhecimento mútuo, para mapear os pontos fortes e fracos de cada uma e as possíveis complementaridades. Em janeiro de 2015, assinaram um protocolo de intenções para a fusão e começaram a tramitação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).