“Os efeitos da identidade social, a conexão das redes, o desempenho prévio no desenvolvimento e a flexibilidade da carreira profissional: uma pesquisa sobre os treinadores de basquete da liga universitária norte-americana, a NCAA”, assim Daniel Halgin intitulou a tese que defendeu em maio último em seu doutorado em filosofia no Boston College, nos Estados Unidos.

O que ele observou de mais importante nos técnicos de basquete da NCAA? Isto: “Mesmo que os indivíduos de uma mesma profissão normalmente compartilhem a identidade profissional, em toda categoria se formam subgrupos em volta de indivíduos exemplares”.

Estudando a rotatividade no comando das equipes de basquete universitário dos EUA, Halgin observou que as 341 destacadas mudavam de técnico com frequência e que, graças a isso e à relativa desimportância do college basket-ball em face da liga profissional, havia uma rede muito interconectada: 90% dos coaches haviam trabalhado juntos em alguma ocasião. E muitos eram “afiliados” a uma de oito “famílias” diferenciadas, cada uma associada a uma lenda –como Rick Pitino, treinador da University of Kentucky, ou John Calipari, de Louisville–, e com uma rede de relações e características comuns.