Era uma vez a gestão de riscos, algo que costumava ficar a cargo de alguém que não era você e que respondia por segurança, uma pessoa que se preocupava com extintores de incêndio e espionagem industrial, alertava sobre viagens a países inseguros, contratava apólices de seguro e verificava a situação de crédito de candidatos a postos executivos.

Só que o mundo dos negócios ficou mais instável e mais complexo, e o significado de risco foi se ampliando, especialmente da crise financeira de 2008 para cá. Isso porque a crise foi causada, em grande medida, por riscos imensos que poucos levaram a sério. Assim, a disciplina “gestão de riscos” evoluiu, juntamente com a lista dos responsáveis por serem os guardiões dos negócios –lista na qual você entrou, mesmo que não tenha consciência disso.

“A crise financeira mostrou que a gestão de riscos deve ser mais holística e contemplar todos os aspectos do negócio”, salienta Guy Gioino, vice-presidente e consultor sênior para seguros da HUB International. De acordo com Russell Walker, autor de Winning with Risk Management, esse contexto inclui novos focos de atenção, tais como riscos de financiamento ou liquidez, operacionais, regulatórios ou ainda de ação de informantes ou ladrões de propriedade intelectual, entre outros. Também estão sob o guarda-chuva dos riscos as crescentes preocupações com a disponibilidade de recursos naturais.