Assim como ocorreu com a sustentabilidade, a ética corporativa está se tornando uma das prioridades das organizações
Em uma subsidiária brasileira de uma empresa norte-americana, o presidente tratava sua secretária muito mal. Após anos lidando com isso, ela pediu demissão e, para vingar-se, o CEO a demitiu por justa causa.
Essa história de falta de ética, relatada por Isabel Franco, advogada especializada em compliance e anticorrupção da Koury Lopes Advogados, é mais frequente do que se imagina no Brasil. No entanto, a ex-funcionária pôde contatar o canal de denúncias da matriz, o que deu início a uma investigação, e o presidente foi demitido, mesmo sendo peça-chave do sucesso e lucratividade da filial brasileira.
Agora, pergunte-se: um final exemplar como esse aconteceria em uma empresa que não tivesse matriz estrangeira à qual recorrer? Afinal, a maioria dos executivos locais parece pensar que é impossível conciliar a ética com a busca das metas e dos lucros desejados pelos acionistas, lucros como os proporcionados pelo ex-presidente em questão.