Ela era aluna da graduação da universidade de Frankfurt, na Alemanha. Ele, que estava prestes a obter o doutorado, precisou substituir um professor que adoecera em seu curso. Assim se conheceram e assim se tornaram bons amigos. Apenas. Por muitos anos praticamente não tiveram contato. Até que, um dia, em Londres, ela subia a longa escada rolante na estação Picadilly do metrô quando alguém acenou e a chamou. Era ele –que descia. Ficaram subindo e descendo por algum tempo, porque nenhum dos dois tinha a ideia de parar e esperar o outro chegar. Até que conseguiram encontrar-se. Mentes menos céticas do que as dos dois diriam que foi um caso de armação do destino –se um deles tivesse chegado lá cinco minutos antes ou depois, nada aconteceria.

Foi como começou a história de amor e de companheirismo de Peter e Doris Drucker, ele austríaco, ela alemã, ele um dos maiores pensadores de nossos tempos, “pai da administração moderna”, ela uma inventora. No centenário do nascimento de Peter Drucker, Doris conversou com José Salibi Neto na Drucker School of Management, da Claremont Graduate University, na Califórnia, relembrando –e refletindo– o mestre.

Vocês chegaram às vésperas dos 70 anos de casados, que completariam em 2009, alcançando a fase da maturidade do relacionamento. Tive o privilégio de poder testemunhar alguns momentos do convívio do casal. Fico curioso para saber como foi a fase start-up. Como foi? [risos]