É preciso usar a tecnologia para ir além das árvores, analisando as florestas que agora estão ditando os rumos para as marcas e, depois, respondendo a elas; as florestas são os conjuntos de consumidores hiperconectados
Eu me formei em gestão, mas – e talvez esse também seja o seu caso – sempre quis empreender em tecnologia. Só no caminho para isso, encontrei um conceito que é ainda maior: comunidade. Creio que seja um tesouro de que a maioria dos gestores não se deu conta. Porém, para contar essa história, preciso narrar um pouco da minha busca.
Primeiro, eu trabalhava em uma consultoria de gestão, quando fundei a Samurai, uma agência de publicidade, em sociedade com meus empregadores. Fiz isso quando ninguém ainda via link entre consultoria e publicidade. Vendemos a Samurai para um grande grupo. Havia tecnologia ali, mas na essência era de prestação de serviços. Depois empreendi um e-commerce de comidas faça-você-mesmo (o Gula-lá), mas o mercado brasileiro não estava pronto para ele – e e-commerces estão mais próximos de gestão logística do que de tecnologia. Eu queria tecnologia.
Meu sonho só começou a se materializar em janeiro de 2014, quando conheci dois rapazes da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) na Campus Party. Eles eram brilhantes; tinham feito um aplicativo que agregava e resumia notícias com inteligência artificial (IA). Eu os desafiei: Qual a distância que os estrangeiros estão de fazer o computador entender a língua portuguesa? A resposta foi: “Longe”. Então, vi que havia nesse encontro um grande futuro.