O cargo já não tem o mesmo glamour e está sob o fogo cruzado de questionamentos sobre ética e desempenho, mas, de certo modo, ele volta às origens e se reconecta a desafios, como explica o headhunter e experiente autor Miki Saxon
Não faz muito tempo os principais CEOs eram considerados os superastros do mundo dos negócios. Festejados como heróis, mereciam os mais altos elogios e recompensas por seus esforços em levar às alturas o resultado de companhias em crescimento ou renovar o sucesso de empresas cambaleantes.
Quanta diferença faz uma recessão! Agora, esses presidentes passaram a levar toda a culpa pelo fracasso de suas empresas. Setores inteiros podem estar em dificuldades, mas são as pessoas da cúpula os alvos do crescente escrutínio do governo, da intolerância do público e da ira dos acionistas e conselhos de administração.
Isso sem falar em como se sentem sobre si mesmos. Os CEOs veem o preço das ações como medida de desempenho e da confiança depositada em seu trabalho. Com quase todas as empresas do Dow Jones 30 em trajetória negativa, não é de surpreender que estejam insatisfeitos com seu desempenho.