Há cerca de dois anos, Raj Sisodia e Michael Gelb criaram o conceito “healing organizations”, ou organizações que curam. Com a nova classificação, propuseram uma nova maneira de medir o sucesso – a métrica de como uma organização impacta a vida das pessoas, sejam seus colaboradores, sejam os demais stakeholders.

A muitos executivos, céticos por natureza, isso pode parecer um discurso de abraçar árvore. Mas não para Larry Fink, cofundador e CEO da Black Rock, a maior gestora de ativos financeiros do mundo, com mais de US$ 6 trilhões de patrimônio. Em 2018, Fink tomou partido da consciência e da responsabilidade empresarial, dizendo não investir em empresas indiferentes aos interesses da sociedade, porque isso as fragiliza em seus objetivos de crescimento e lucros. Em 2019, ele reafirmou a posição.

É verdade que a ascensão de líderes contrários a regulações, somada à perda de confiança nas instituições governamentais e a lideranças políticas que negam a realidade da mudança climática, põem em risco os esforços de mudança das empresas em prol da consciência corporativa. E a recessão mundial prevista é, claro, agrava o quadro.