Recentemente, em um trabalho que reuniu 40 executivos seniores —VPs, CEOs e diretores— de uma grande organização de classe mundial, solicitei aos participantes que definissem o termo “inovação”. O resultado se apresentou na forma de mais de 50 definições diferentes! Não é surpresa: a inovação na empresa se perde em uma Torre de Babel. Por quê?

Conceituar “inovação” é tarefa cada vez mais ingrata. Nos dias atuais, o termo mais confunde do que ajuda. É frequentemente confundido com criatividade e invenção. Os grandes casos de sucesso envolvem buscas do Santo Graal na forma de inovações radicais que alteram rotas tecnológicas, mudam as regras do jogo e redefinem mercados e economias. Pouquíssimo valor é conferido à inovação incremental e quase nada se comenta acerca da inovação no modelo de negócio.

Por fim, inovação envolve risco, ambiguidade e incerteza: alunos de escolas de negócios são treinados na busca frenética da única resposta certa e executivos seniores em organizações são prisioneiros do sucesso de suas “máquinas de desempenho”, na perspectiva da tríade recursos-processos-valores.