Em vez de se cercarem só de colaboradores “crédulos”, que lhes são mais fiéis, os novos líderes potencializam também os “hesitantes” e os “autônomos” em benefício de suas empresas, como sugere o especialista brasileiro Marcello Calvosa
Sejamos práticos: nos dias atuais, no interior das empresas, um colaborador dificilmente adotará um modelo de liderança compartilhado pelo líder apenas porque ele é bom naquilo que faz ou pelo reconhecimento de que está “bem-intencionado”.
Características comportamentais, planejamentos pessoais, expectativas de vida e valores morais condicionarão a adoção do modelo pelos diversos subordinados. Mas meus estudos indicam que será, cada vez mais, a heterogeneidade do que eu chamo de “perfil de credulidade dos colaboradores em relação ao líder” que fará diferença, à medida que o líder souber gerenciá-la a seu favor (ou contra) para alcançar os objetivos organizacionais propostos.
“Credulidade” é uma palavra estranha ao mundo da gestão, embora seu significado tenha impacto crescente no complexo mundo dos negócios atual. Os membros de uma equipe “compram” a mensagem do líder com intensidades distintas, o que afeta diretamente o poder de influência deste e sua eficácia.