Nunca, em momento algum, nem antes nem depois, a mulher de um presidente dos Estados Unidos exerceu tamanha influência política. Eleanor Roosevelt desafiou sua posição social e o papel tradicional de primeira-dama para se converter na voz dos esquecidos.

Ela nasceu em 1884 em Nova York, em uma família com boa situação financeira, e perdeu os pais ainda criança. Foi criada pela avó materna, que a mandou estudar na Inglaterra. Ao voltar, em 1902, foi trabalhar em assentamentos de imigrantes. Em 1905, casou-se com Franklin Delano Roosevelt e, nos 11 anos seguintes, nasceram seus seis filhos. Mais tarde, Eleanor encontrou tempo para acompanhar a carreira política do marido.

Quando o casal chegou à Casa Branca, em 1933, o país tinha 13 milhões de desempregados e os bancos, em sua maioria, estavam quebrados. Ela conhecia as condições sociais existentes. Foi então que assumiu um papel transformador. Usando de profunda sensibilidade social e sede de justiça, uniu-se a seus conterrâneos mais necessitados e procurou resolver grandes injustiças, como a marginalização profissional das mulheres e a segregação dos negros.