A estabilidade da economia brasileira e a projeção do País no contexto mundial exigem reconhecer e valorizar o papel das empresas nacionais na obtenção desses resultados —especialmente de um significativo conjunto de empresas familiares que já ultrapassaram os 100 anos e permanecem sob o controle da família fundadora.

Essa análise ganha ainda mais importância por oferecer a oportunidade de contrapor a imagem preconceituosa em relação à empresa familiar brasileira, que perdura em muitos segmentos. Entre outras razões, foi o que me levou, com a jornalista Chris Martinez, a escrever o livro Empresas Brasileiras Centenárias. Nele estão registrados as histórias e os pontos comuns de sucesso de cinco empresas: Ypióca, Gerdau, Cedro Cachoeira, SulAmérica e Casa da Bóia.

Localizadas em diferentes regiões do País, atuam em segmentos completamente distintos. Mas, além do controle familiar, todas apresentam, e continuam desenvolvendo, a visão de longo prazo de seus fundadores e herdeiros. Foi o que lhes permitiu ultrapassar a barreira de um século de existência, sob o controle do mesmo grupo que lhe deu origem. E essa continuidade se manteve tanto nas que abriram o capital como nas que admitiram novos sócios, na qualidade de investidores.