No dia 4 de novembro, Eduardo Foresti tomou coragem e abandonou o pudor que o acompanhava há anos. Em seu perfil no Facebook, o designer publicou um texto intitulado “Trabalhar 6 horas por dia. Um sonho?”.

Em meia dúzia de parágrafos, a revelação de que na sua empresa, a Foresti Design, o expediente vai das 13h às 19h, rigorosamente. Nada de serão, nada de levar trabalho para casa. O receio com a postagem estava ligado à ideia de que é necessário estar sempre brigando com o tempo, com o escaninho abarrotado. “Às vezes, ainda acho que pode transparecer alguma espécie de displicência trabalhar menos de oito horas por dia – mas isso é uma besteira.”

Formado em arquitetura no início da década de 1990, Foresti, 51 anos, construiu sólida carreira como designer. O começo foi em um dos mais conceituados estúdios do Brasil, o escritório Cauduro Martino. De lá ele saiu para estudar na Basel School of Design, na Suíça, e passou por um estágio nos Estados Unidos. Na volta ao Brasil, trabalhou em duas das maiores agências de propaganda do País, a Almap BBDO e a F/Nazca, entre outras.