Todo mundo já sabe: perto do final de 2019, a Microsoft do Japão realizou um interessante experimento relacionado à produtividade que se tornou destaque nas principais mídias internacionais. Por um determinado período, a empresa reduziu a jornada de trabalho dos seus funcionários para quatro dias semanais, em vez dos cinco usuais. Os resultados foram impressionantes. Mostraram que os funcionários não ficaram somente mais felizes. Eles se tornaram muito mais produtivos (atenção ao advérbio “muito”): houve um impacto positivo nas vendas em 40% comparado com o mesmo período do ano anterior.

Enquanto outras iniciativas como essa estão sendo testadas ao redor do mundo, relatórios como o The Global Competitiveness Report, do Fórum Econômico Mundial, apontam que o mundo ainda está longe de atingir todo o potencial produtivo que a nova revolução tecnológica e digital permitiria alcançar. Sendo específico em relação ao Brasil, já estávamos longe antes, amargando a posição de número 71 no ranking das nações mais produtivas.

Para mim, três aspectos principais merecem a reflexão do leitor para explicar nosso ranqueamento infeliz e o fato de não estarmos fazendo experimentos como o da Microsoft japonesa para o futuro.