Vivemos uma era de mudança de paradigma. Duas em cada três pessoas pretendem deixar seus empregos, segundo pesquisa da consultoria Deloitte com millennials de 29 países. E o choque entre os valores pessoais e o comportamento das empresas em que trabalham é um dos responsáveis por isso.

As práticas de gestão que nos trouxeram até aqui não são páreo para a complexidade sistêmica dos desafios a nossa frente. Para as soluções, precisamos de um paradigma diferente daquele que gerou os problemas. Paralelamente à tão comentada revolução exponencial tecnológica, é hora de uma revolução exponencial também nas relações humanas.

Isso fica evidente quando se fala de propósito. Ao colocar o propósito no centro da estratégia de negócio, as empresas deparam com novos desafios: para o propósito ser verdadeiro, ele tem de fazer sentido para quem trabalha; é preciso haver consciência do propósito individual e como ele se conecta com o propósito coletivo. Isso exige das organizações práticas colaborativas e modelos descentralizados de gestão.