Durante anos a Dataprev enfrentou o problema da forte dependência tecnológica de apenas um fornecedor, a UNISYS. Além dos problemas relacionados à concentração de serviços críticos para o negócio da empresa em um único fornecedor, havia a pressão de órgãos de controle para que a Dataprev tomasse medidas efetivas para diminuir tal dependência. Também impulsionavam a necessidade de solução, o risco crescente de descontinuidade dos serviços pela escassez de profissionais para suportar a tecnologia COBOL/DMSII em questão e o market share decrescente da solução mainframe UNISYS.
O desafio de migrar os serviços suportados pela UNISYS foi muito maior do que apenas fazer a migração tecnológica das aplicações e dados. Foi necessário trabalhar a migração tecnológica mantendo a harmonia com diversos atores, como Clientes, Fornecedores, Equipe Técnica da Dataprev, Órgão de Controle e Ministério Público Federal.
Para os clientes, não haveria ganho funcional nesta migração tecnológica. Acataram a demanda pelo fato de haver um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPF assinado entre todas as partes envolvidas. Isto gerou conflitos de prioridade com as demandas legais ou evolutivas destes clientes e isto deveria ser gerenciado.
Para a equipe técnica da Dataprev havia o medo de não serem mais necessários após a migração para uma nova tecnologia que não dominavam. Estes técnicos eram peças-chave neste processo pelo conhecimento que tinham sobre os sistemas, e isto deveria ser gerenciado.