Em 2012, minha vida se tornou extremamente digital e “móvel”. Trabalhei na campanha de reeleição do presidente Barack Barack/Obama e, com 179 dias longe de minha casa no Brooklyn, Nova York, foram 1.518 posts no Facebook, 3.702 mensagens de SMS, 4.845 fotos tiradas; 11.541 tuítes, 59.409 conversas no Gmail. No final de novembro, eu estava acabado.
Contratei minha amiga Julia Boelte como assistente pessoal para me ajudar a gerenciar minhas relações de negócios, viagens, comunicações e tempo, e, após cinco meses de trabalho, ela declarou que eu estava ficando um chato, talvez até desagradável, com minha adicção à conexão constante.

Julia e eu pesquisamos como eu poderia ter uma folga. Diminuir o ritmo ou parar me preocupava, pois me sentia responsável por muitas coisas, mas queria estar mentalmente livre de obrigações. Decidi não ir a parte alguma e, sim, reduzir a marcha da interação digital. Queria me desconectar.

Definimos: a desintoxicação digital começaria às 17h de 15 de dezembro de 2012, sexta-feira, e duraria até 7 de janeiro de 2013, segunda-feira –25 dias para uma limpeza em profundidade. Criei uma lista de desejos para meu tempo desconectado –lugares para visitar em Nova York, livros para ler, filmes para ver e pessoas com quem queria passar o tempo– e uma lista de proibições, na qual incluí trabalho, redes sociais e e-mail. Na internet, só usaria a agenda do Google, para marcar encontros com os amigos, e baixaria filmes.