O estereótipo do programador brilhante e muito jovem, recém saído da faculdade, muitas vezes se confirma. No cenário empresarial, os profissionais de tecnologia são predominantemente jovens, por serem nativos digitais ou conviverem com isso em casa desde muito cedo. No entanto, transformações da sociedade, fazem com os que profissionais fiquem mais tempo no mercado. Pessoas mais velhas não necessariamente se verão no final de suas carreiras, e a tendência é que a atualização se torne cada vez mais necessária e constante. Um exemplo disso é um estudo do MIT Sloan School of Management que levantou que nos EUA a idade média na qual um empreendedor alcança o sucesso é de 45 anos.
Sendo assim, a diversidade etária é uma questão a ser levada em consideração. Muito se tem falado, felizmente, sobre mulheres em tecnologia ou diversidade racial nas empresas, questões sem dúvida de extrema importância, mas outro aspecto menos discutido ainda da diversidade é a questão etária. A variedade de idades dos colaboradores também contribui para um ambiente mais inovador, com visões distintas sobre os assuntos e que permite a criação de soluções mais efetivas para um número maior de pessoas da sociedade. As diferenças, a colisão de ideias e pensamentos, tudo isso contribui para o desenvolvimento do time.
E como as empresas podem manter uma boa convivência em equipes com pessoas de diversas gerações? A boa notícia é que uma pesquisa realizada pela Mappit, do Talenses Group, revelou que no Brasil só 11% dos profissionais dizem ter dificuldade em trabalhar com pessoas de outras gerações. Pelo lado das empresas, o essencial é ter uma cultura forte, que dialogue com todos, dos mais jovens aos mais seniores. O desafio é criar uma comunicação, eventos internos e ações que sejam relevantes para todos, que encontre o que há de comum entre pessoas e ofereça insumos que cada um pode absorver à sua maneira, aplicar em sua própria realidade e momento da carreira.